terça-feira, 1 de setembro de 2009

please, don't stop the music

terça-feira, 1 de setembro de 2009
Por Lorena Portela

Se tem uma coisinha que eu tenho nessa vida é vício.

Batata Ruffles faz parte da lista. Sorvete idem.

Revistas de moda também. E agora os blogs de moda quase lideram a lista.

Acho que sou viciada em castanhas, mas não tenho certeza.

Futebol é quase um vício e o São Paulo é um vício, ó, daqueles...

Tem gente que me acha viciada em Sex and the City, mas eu não sou.

Leitura é um vício visível. De Tolstói a folder na rua, eu traço!

Mas nenhum desses se compara à música. Música é um caso sério. Crônico e difícil. Doentio.

Música é uma das palavras que gravei na pele. É uma cicatriz que eu escolhi ter em forma de tatuagem.

Eu não sei se entendo alguma coisa de música, é bem provável que eu não entenda nada. Mas eu ouço e isso basta. É tudo que eu preciso.

As músicas marcaram todas as fases da minha vida. Para cada fase, uma música ou várias delas.

Na minha infância rolava Chico, Bob Dylan e Gal Costa. Obviamente, eu não tinha consciência de quem eram essas pessoas, mas eram essas músicas que tocavam na minha casa. Na pré-adolescência estavam Chico, Engenheiros, Legião, Raul e Beatles. Na adolescência, Chico, Paralamas, Marisa, Caetano, Jorge Ben. Um pouco mais mocinha ouvia o Chico, os Stones, João Gilberto, Gilberto Gil e Los Hermanos. Hoje eu ouço de tudo. Ok, quase tudo.

Já me viciei em Arnaldo Antunes, em Nando Reis, Radiohead, Pearl Jam, Norah Jones...

Há bem pouco tempo tava doida varrida por Seu Jorge, Mallu Magalhães, Ana Canãs, Madeleine Peyroux, Julieta Venegas, Corinne Bailey Rae, Little Joy, Little Joy, Little Joy...

Por falar nisso, Little Joy fez uma música viciante. Mesmo que eu queira, não dá pra parar de ouvir “don’t watch me dancing”. Coldplay tem os hits mais viciantes do mundo e são a minha maior dificuldade.

Eu tenho que me controlar para parar de escrever, senão fico aqui até amanhã só falando disso.

É, vou ter mesmo que parar porque começou a tocar uma aqui dos Strokes que, putz, não dá pra controlar...

7 comentários:

Anônimo

M.Ù.S.I.C.A

Não tem coisa mais viciante!!Eu que o diga...quem me conhece minimamente sabe, eu sempre tô com fones de ouvido.sempre ouvindo um 'somzim'. No ônibus, andando, antes de durmir, tomando banho(sem fones claro!)
Mas não sou tão culto não, ó! Ouço de marisa a funk(qual o problema? gosto mesmo!...mas nada de chico buarque, muito menos arnaldo antunes...

lo, adorei o post, realmente música faz parte da nossa vida e marca várias fases dela.

besos

Wolney B.

Adriano Mariano

... valha, ninguem falou da Mulher filé, tati quebra barraco (antes de ser avó) e só pra contrariar! Gente, mais MPB... hehehe.

Não, sério... foda The Strokes. Ouço quase tudo que a lores disse, tipo 90%, mas também curto PAPA ROACH (pra gritar), ANA CAROLINA (pra chorar), ELVIS (pra se passar) e PIAF (pra cozinhar. Não sei cozinhar, mas quando cozinho... é PIAF!), entre outros!

Tenho dito!

Hugo de Oliveira

Sou viciado em Maria Bethânia.

Amei o texto...viu

Abraços


Hugo

Márcio Gondim

Lorena,

O seu texto me fez lembrar que nos dias atuais, época de velocidade das informações, ocorrendo uma contínua aceleração da vida (onde as pessoas, de forma geral, buscam soluções cada vez mais rápidas para suas questões diversas), a apreciação de música, de arte, acaba, às vezes sendo deixado em segundo plano (quando não, absolutamente esquecida).

Na Psicologia existem formas bem interessantes de utilização de música, de modo a beneficiar as pessoas. Já realizei trabalhos em que a música possibilitou um facilitar o contato consigo mesmo, além de poder promover um maior equilíbrio de sentimentos e pensamentos.

A prática cotidiana de ouvir músicas, percebê-las, possibilitar emoções e sentimentos se revelarem já pode ser algo muitíssimo saudável!

Bem, obrigado por me proporcionar esses pensamentos...certamente terão alguma aplicação, em breve, com algum grupo de pessoas.

Ah, vozes femininas são as melhores! Desde a sussurrante da Fernada Takai até a avassaladora e arrebatadora da Ana Carolina emocionam muito mais (pelo menos a mim).

Diego Pontes

noh..lorenilds..
de todas as fase de sua vida até hoje..deu pra perceber que o chico não saiu de moda. rs
bjao!

Rebeca
Este comentário foi removido pelo autor.
Rebeca

Existe música paratudo e como já dizia Arnaldo Antunes:

Música para ouvir no trabalho
Música para jogar baralho
Música para arrastar corrente
Música para subir serpente
Música para girar bambolê
Música para querer morrer
Música para escutar no campo
Música para baixar o santo
Música para ouvir
Música para ouvir
Música para ouvir

Música para compor o ambiente
Música para escovar o dente
Música para fazer chover
Música para ninar nenê
Música para tocar novela
Música de passarela
Música para vestir veludo
Música pra surdo-mudo

Música para estar distante
Música para estourar falante
Música para tocar no estádio
Música para escutar rádio
Música para ouvir no dentista
Música para dançar na pista
Música para cantar no chuveiro
Música para ganhar dinheiro

Música para ouvir

 
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