segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A Colheita do Mal

segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Por Adriano Mariano

Neste ultimo final de semana, acompanhado por uma grande tristeza no coração dos brasileiros que choravam em coro, o programa da Record “A Fazenda” teve seu fim. Fico pensando o que será da vida das milhares de pessoas que desprendiam raros minutos do seu tempo assistindo este “marco” da televisão brasileira, promovido por esta emissora tão didática que é. De fato, a Rede Record de televisão vem se superando a cada dia, contrataram até o Gugu (!).

Acontece que este post se refere ao sucesso do programa que incomparavelmente supriu a necessidade da “grande massa” ao expor o dia-a-dia de celebridades como Dado Dolabella, Theo Becker (é, o mutante) e Cia. Eu morria de vontade de saber o que eles faziam nas horas vagas. Aliás, eu não sei o que seria das minhas noites modorrentas de TV Aberta sem prestigiar a inigualável direção deste canal em especial, e mais precisamente sem a presença de palco cativante do apresentador Britto Jr.

Gente, minha bisavó de 96 anos de idade escreveria um enredo melhor do que o proposto no excremento televisivo que é a série OS MUTANTES, e daria uma aula de criatividade na direção e produção do Reality Show “A Fazenda”. E olhe que minha bisavó já morreu! Mas, abrindo mão de um texto metafórico e irônico, eu quero basear meu repúdio pela programação aberta das emissoras brasileiras em fatos mensuráveis, claros, mas pessoais. E só para judiar mais ainda, pegarei como exemplo nossa querida e rica Rede Record, esse antro de alienação e amadorismo que tem a capacidade de transformar pessoas em mutantes, programas em roças, e conteúdo em M... MEDO!

Voltando para A Fazenda, vou começar minha análise pelo Ator, Cantor, Compositor, Modelo, santinho da mamãe e ex-Global Dado Dolabella. Tipo... hãn!? Ele passou o programa todo reclamando dos remédios que não chegavam na hora certa, forçando uma voz irritante de injustiçado e a carinha de cachorro abandonado que ele tem agradou bem mais nesse programa do que em sua veloz carreira de cantor, sua conturbada postura de ator e em suas tentativas frustrantes de virar compositor.

“Vem ni mim que eu to facim, facim.”
Pois é, ele ganhou um milhão de reais no Reality e eu estou escrevendo em Blogs!

Theo Becker, o mutante, se tornou agente catalisador daquele programa. Acho que a produção, preocupada com a audiência do show, rezava para que alguém surtasse ali dentro. Então Theo fez sua parte e se justificou:

“Peço desculpas, mas acho que foi o remédio que eu estava tomando.”

Tipo, a desculpa da casa eram os remédios. Será que o modelinho Miro Moreira poderia ter usado essa desculpa quando pegou a Babi? Algo como:

“Cara, sacanagem. Trocaram meu remédio.”
Mas ele preferiu dizer a verdade. Guerreiro!

E quanto aos outros componentes da casa?

Bom, a Babi teve seu momento “mulher iludida”.

Danni Carlos que não é besta, aproveitou a publicidade gratuita e tratou logo de fazer uma música. Me amarro no som dela, de verdade, mas quando ela teria outra oportunidade free dessas?

Carlos Alberto (o mendigo) nem se fala. O cara teve sua vida exposta, apareceu mãe perdida, prima, pai, irmã, papagaio... Agora deve estar rindo deles, se estes já não tiverem dado um salga nele.

Fábio Arruda? Nooooooossa Sra. Quase desce da bota cano longo para estapear a cara do Theo. Morrí naquela hora!

Pedro Leonardo, filho do Leonardo, compartilham do mesmo nome, Leonardo. Gente, que gente criativa, né? Cadê aquele cara que fazia uma dupla com ele? Enfim.

Mirella Santos. O que falar dela? Ai, cara. Ela é linda... (...). Just it. Fica melhor nas revistas, todo mundo vê e a leitura é opcional.

Luciely di Camargo, Barbara Koboldt e Francielly Freuduzeski? Tipo, quem são essas pessoas??

Mulher Samambaia, planta (ponto).

Por que não levaram o José Sarney para ele fazer que nem o Dado e limpar sua barra fazendo carinhas e beicinhos?

Eu queria ver também o Tasso e Renan naquela varanda, um apontando o dedo pro outro, e o outro mandando o colega juntar o esterco do gado. Mas o mais-mais seria o senhor todo poderoso da vez, ex-presidente Collor...



“Eu quero que pegue estas palavras e as digira da forma que for conveniente.”
Aquele sim, vira mutante! Úi.
Para apresentador eu colocaria (meu deus...) Geraldo Luiz! Kkkkkkk... Edir Macedo só pode não crer em Deus quando permitiu esse homem possuir um programa.


Olha, no mais eu me divirto.
No mínimo eu me aborreço.
E agente segue cantando esta linda canção.


Vamos fazer um jogo,
quem seria o time que você colocaria no reality show A FAZENDA 2?
Porque, gente, vai ter!

4 comentários:

Lorena Portela

kkkkkkkk

morri de rir do texto... foi bem isso mesmo esse povo da roça.

dexland

Assino embaixo,vc pelo menos teve coragem de assistir,eu passei longe disso ,e ainda passo quando vejo algo relacionado á FAZENDA,a record nunca se cansa de tentar ser uma copia malfeita da globo.

Márcio Gondim

A partir da proposta de eleger moradores para uma “Fazenda”, pensei em uma com os seguintes “tipos” de moradores:
1. O Exibicionista – aquele tipo que vive a elaborar a próxima forma de se exibir publicamente;
2. O Egocentrado – aquele que acredita que o mundo gira em torno do próprio umbigo;
3. O que “Se acha” – aquele que sempre considera a melhor opinião crítica acerca de tudo, de todos, do universo, da galáxia...;
4. O Falso – o lobo na pele de cordeirinho;
5. O Mentiroso – aquele que faz com que acreditamos em suas histórias;
6. O Meloso – um estilo “Sandy” de ser, mais doce que rapadura;
7. O Pretensioso – Aquele que tem pouquíssimo a oferecer, mas acredita (ou tenta iludir os outros) que detém grandes e incomparáveis qualidades;
8. O Arrogante – Apresenta um nariz empinado fácil de identificar a quilômetros de distância;
9. O Insensível – Apresenta-se como delicado e atencioso, mas é frio como pedra glacial;
10. O Interesseiro – O somatório do “egocentrado” mais o “insensível”.
Ué, mas será que esses tipos já não fazem sempre parte dos reality shows?
Ué, mas não são esses mesmos “tipos” que vemos ao nosso redor diariamente?
Mas na luz lá no fim do túnel diz que as coisas podem ser de outro modo e é nessa crença (ingênua?) em que me agarro, esperançosamente...

Patrícia

ótimo texto! Faço das duas palavras as minhas!

 
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